Por que não bater:
- porque bater nada tem a ver com ensinar a ter limites, na verdade, são atitudes até aopostas. Quem bate dá uma verdadeira aula de falta de limites próprios e até de covardia;
- porque existem formas infinitamente mais eficientes e humanas de manter a disciplina, com mensagens bem mais positivas do que a agressão física;
- porque, com o tempo, a famosa "palmadinha leve no bumbum", que tanta gente defende como inofensiva, deixa de surtir efeito e acaba se transformando em palmadas cada vez mais fortes e, ao final, em verdadeiras surras;
- porque só bate quem não age antes de "perder a cabeça";
- porque mesmo obedecendo, a criança não aprende verdadeiramente, apenas deixa de fazer certas coisas por medo de apanhar;
- porque bater não resolve os problemas da relação, apenas encobre os conflitos e, ainda assim, por pouco tempo;
- porque depois, quando os pais se acalmam, sentem-se culpados e tendem a "afrouxar" de novo os limites, para aplacar a sensação aflitiva de culpa, perpetuando a situação de conflito;
- porque bater é assinar seu próprio atestado de fracasso como educadador.
- a temer o maior, o mais forte ou mais poderoso;
- a perda de interesse pela atividade que estava desenvolvendo no momento em que apanhou;
- que o comportamento agressivo é válido;
- que a agressão física é uma atitude normal e praticável (afinal se papai e mamãe estão fazendo...);
- que a força bruta é mais importante que a razão e o diálogo;
- que os pais, figuras de quem a criança espera proteção e amparo, não são confiáveis;
- que ocultar ou omitir fatos pode dar bons resultados e evitar umas "boas palmadas" - afinal, quando os pais não ficam sabendo dos erros ou faltas dos filhos, não batem;
- que de quem se espera amor podem vir pancada e agressão.
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